domingo, 6 de abril de 2014

Segue texto que fará parte do vídeo:

      É interessante notar a felicidade da gente simples. Talvez esteja aí a razão: simplicidade. Pelo menos é o caso dessa família de artesãos - o sorriso fácil, o semblante sereno - uma sensação de júbilo e paz ao mesmo tempo. Eles também têm suas ambições, seus anseios de melhorar de vida, mas, por outro lado, aceitam e demonstram viver em harmonia com a vida que levam.

         O amor à terra e a tudo que ela dá é evidente e primordial, tanto para o alimento diário, quanto para o artesanato. Seu contato com a cidade de Cachoeira é a feira e tão somente, onde vendem seus balaios e cestas diversas. Contudo, sua vontade, seu coração, está no lar em meio à natureza - como um pequeno e simplório ninho numa majestosa árvore. Sua arte consiste em viver a vida, contornando as dificuldades diárias, porém com desprendimento e alegria.

         Um olhar de fora, a princípio, vê a pobreza. Contudo, olhando mais a fundo, vemos a felicidade do homem quando em harmonia com a natureza, seja na coleta e confecção do artesanato, seja na lida diária da roça, com tudo o que a terra tem a oferecer de alimento.

         Diante de tudo, vemos várias realidades que se misturam num mundo que é único, porém divido em olhares diversos. Olhares que nos permitem reflexões, seguidas de indagações do tipo: “- Qual a minha realidade? Que tipo de vida estou vivendo? Sou feliz com a vida que levo? Qual o limite entre aceitar a vida que levo e agir em direção à vontade que almejo? Como posso agir no mundo, diminuindo as desigualdades e promovendo o bem comum?

         Muitas são as perguntas, carentes mais de ação do que de respostas, pois somente com a união de toda a humanidade e desta com a Natureza que a envolve é que encontraremos a solução. Fica o exemplo e a lição de um caminho para a humanidade.

Ricardo Vieira Baptista

1 comentário:

  1. Neste texto procurei sintetizar o sentimento, a percepção e a reflexão dos quatro participantes deste projeto.

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