domingo, 6 de abril de 2014

Segue texto que fará parte do vídeo:

      É interessante notar a felicidade da gente simples. Talvez esteja aí a razão: simplicidade. Pelo menos é o caso dessa família de artesãos - o sorriso fácil, o semblante sereno - uma sensação de júbilo e paz ao mesmo tempo. Eles também têm suas ambições, seus anseios de melhorar de vida, mas, por outro lado, aceitam e demonstram viver em harmonia com a vida que levam.

         O amor à terra e a tudo que ela dá é evidente e primordial, tanto para o alimento diário, quanto para o artesanato. Seu contato com a cidade de Cachoeira é a feira e tão somente, onde vendem seus balaios e cestas diversas. Contudo, sua vontade, seu coração, está no lar em meio à natureza - como um pequeno e simplório ninho numa majestosa árvore. Sua arte consiste em viver a vida, contornando as dificuldades diárias, porém com desprendimento e alegria.

         Um olhar de fora, a princípio, vê a pobreza. Contudo, olhando mais a fundo, vemos a felicidade do homem quando em harmonia com a natureza, seja na coleta e confecção do artesanato, seja na lida diária da roça, com tudo o que a terra tem a oferecer de alimento.

         Diante de tudo, vemos várias realidades que se misturam num mundo que é único, porém divido em olhares diversos. Olhares que nos permitem reflexões, seguidas de indagações do tipo: “- Qual a minha realidade? Que tipo de vida estou vivendo? Sou feliz com a vida que levo? Qual o limite entre aceitar a vida que levo e agir em direção à vontade que almejo? Como posso agir no mundo, diminuindo as desigualdades e promovendo o bem comum?

         Muitas são as perguntas, carentes mais de ação do que de respostas, pois somente com a união de toda a humanidade e desta com a Natureza que a envolve é que encontraremos a solução. Fica o exemplo e a lição de um caminho para a humanidade.

Ricardo Vieira Baptista

sábado, 5 de abril de 2014

Bianca dos Anjos de Freitas

Brasileira, nascida no ano de 1993 em Cachoeira, município histórico do recôncavo Baiano. Estudante de Artes Visuais pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
Participou de um grupo de teatro por um curto período.
Tem como hobbie a fotografia, onde expõe um projeto com pregadores que visa mostrar as diferentes formas de amor no mundo, além de explorar instrumentos musicais como violão, ukulele e escaleta.
Atualmente faz ilustrações freelancer para sua página na internet,  ministrando o projeto Ilustra-Cotidiano onde faz a junção do imaginário -desenhos- em fotografias.
Tem como interesse artístico seguir na área de ilustradora, web designer e futuramente ser sócia de uma galeria de artes.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Ricardo Vieira Baptista

Brasileiro, natural de São Paulo/SP, nascido no ano de 1966. Formado em Administração de Empresas pela EAESP-FGV em 1991. Estudante do segundo semestre de Artes Visuais da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, na cidade de Cachoeira. Tem como interesse a produção artística na relação entre arte, espiritualidade, natureza e educação, através das linguagens da escrita, fotografia, vídeo, gravura e grafite principalmente. Atualmente ministra oficinas de gravuras.

Cristina Pereira,  mais conhecida por Chrystie Ventuzelos Pereira,  Artista Visual, Designer e Performista.
Portuguesa, nascida em 1992 em Braga, Portugal.
Decidiu ser artista com 15 anos e correu atrás do sonho se matriculando no curso de Artes Visuais.
Sua formação conta com o curso de Artes Visuais e está a frequentar o curso de Arte e Design.
Participa em eventos de voluntariado no The Color Run em Portugal e no Brasil. Já participou de exposições colectivas em Braga e Bragança,Portugal.
É estudante na UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, em cachoeira.
Atualmente está no Brasil.
Apaixonada por Artes Plásticas, Performance e Cinema.


terça-feira, 1 de abril de 2014

Valmir Almida Junior
Brasileiro nascido na Bahia na cidade de Feira de Santana, no ano de 1980.
Estudante da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia na cidade de Cachoeira.
Cursa o 6º Semestre de Artes Visuais.
Exerce a profissão de Fotografo Freelancer a pouco mais de 3 anos, com experiencia na área de eventos e espetáculos artísticos.
Tem como interesse artísticos, as áreas voltadas para belas artes, como a pintura e escultura, mas com um dialogo direto com novas mídias convergentes digitais.
Participou de exposições coletivas na UFRB junto com outros artistas visuais.
Ministras oficinas de fotografia e Arte Sustentável voltada para o meio ambiente.

O nome dele é Antonio, mais conhecido como Toinho de Leandra, mora na Zona Rural de Cachoeira, cidade histórica do recôncavo da Bahia.

Ela é Silvia, uma mulher dócil e calada. Silvia percebeu o Amor e dedicação de Toinho na adolescência e logo decidiram tocar a vida juntos
Depois da morte da sua mãe, ele herda não só a casa, mas a destreza de trabalhar com a natureza.
Ele como Homem do Campo, na lida dura da roça, aprendeu a tecer cipó caboclo com sua mãe, e logo sua habilidade de trabalhar com tal material aumentou, ai foi a vez de Silvia absorver a técnica. Silvia desenvolveu rapidamente a técnica e logo já ultrapassava Toinho em sua criatividade para confecções das peças, cestos, balaios, fruteiras, caxixi, e muitas outras que saem da mente criativa de Silvia; Mas é através de Toinho que as coisas se consolidam na família. A venda dos artigos na feira livre, o pagamento das contas, a alimentação que entra na casa, tudo é papel fundamental de Toinho, que não abre mão de ser chamado de Pai de Família.


O universo onde é formado esse convívio de artesões é em uma casa de taipa, onde o acesso é ruim, estrada de chão batido, poucos vizinhos, longe do burburinho urbano, que não faz falta essa família, em partes...

A casa tem estrutura simples, um pouco precária. Feita de barro batido, possui poucos cômodos; Uma sala que a noite vira o quarto dos filhos, o quarto do casal e a cozinha. Todos muito apertados, a sensação de estar dentro da casa de Toinho e Silvia é meio que como está numa caverna, a porta e a janela ficam sempre abertas para entrada de luz, mas logo no cair da tarde a escuridão e mosquitos começa a fazer parte dessa cena.
O banheiro é fora de casa, como de costume na zona rural, a água tem que ser armazenada em tonéis, pois nem sempre ela cai da torneira.


O radio armengado na sala informa as noticias, e Toinho quase nunca as escuta, agarrado a suas ferramentas de trabalho, machado, facão e foice, sempre esta de serviço, hora limpando um terreno, hora retirando cipó no mato para sua arte, aquela que assegura sua existência e bem estar da família. Toinho tem sonhos, deseja uma casa melhor, de tijolos, com telhas novas e o chão com lajota. Não precisa ser piso de porcelana, ele quer ver as paredes rebocadas com cimento, também não precisa pintar de primeira, eu me contento em ver a cor do cimento, diz Toinho com os olhos cheios de emoção.
Queria um carrinho também, pra levar minhas coisas pra vender na feira, pra viajar com minha nêga. 
Locomover-se com mais facilidade, expandir os horizontes, Toinho consegue identificar que precisa se movimentar para as coisas acontecerem, para que seus sonhos se realizem, para que as oportunidades da sua família aumentem.  


Sou Avô, diz Toinho, e Silvia sorri com a pequena neta nos braços, e me mostra... Essa é meu denguinho; Uma família amorosa, que se importam uns com os outros em meio às dificuldades... Da natureza tiram o seu sustento, moram numa humilde casa feita de materiais de construção primários.





Tem três filhos, Eliene, Eliana e Antonio Junior, uma das filhas, a que já esta  casada, a Eliene, presenteou Toinho e Sonia com uma linda netinha.
Na sala que a noite vira quarto, dormem Eliana, que quer ser advogada e Antonio Junior, o caçulo.
Como Toinho de Leandra costuma falar, ela (Eliana), é esforçada, estudiosa, mas já o Junior, esse ai só quer saber de bola e fliperama.
E em algumas situações os desejos da família se dividem.




Como? Pois bem, os adolescentes adoram a cidade, anseiam em estar lá, desejam o universo do caos barulhento do trânsito, do convívio com as tecnologias, são apaixonados pelo movimento do crescimento urbano. Isso se mostra completamente o inverso do desejo dos pais, que vêem a cidade apenas como centro de venda dos seus produtos e uma das opções de lazer.
E quando pergunto se ele deseja um dia se mudar, ele responde:
- Olhe a sua volta, você acha que eu vou largar minha horta, minhas frutas, meu sossego, por aquela bagunça? As pessoas na cidade vivem com medo, correndo de um lado pra outro sem observar a natureza. Só se for louco pra sair daqui, e Silvia balança a cabeça afirmativamente e diz: Verdade meu Nêgo, Verdade!!!

                                                                                     Valmir Almeida Junior

quarta-feira, 19 de março de 2014

Encontros /\

Boas!
Pelo que vi até agora dos filmes, faltando apenas ver os de Valmir, vejo um caminho no sentido traçado, ou seja, que encontrássemos uma temática que surgisse dentro do processo e que ela incluísse a nossa visão e vivência pessoal. Eu, Bianca e Chrystie já escrevemos algo e podemos colocar nossas falas pessoais no vídeo, a partir de uma frase ou mais do que escrevemos. Assim, todos trabalharíamos algum texto com nossas impressões e escolheríamos uma frase para falarmos no vídeo.
Incluiríamos também as fotos da Chrystie intercalando imagens. Selecionei algumas que achei interessante, sejam elas falas, sejam elas imagens apenas. Para tanto, marquei o tempo exato da cena para dividi-la com o grupo e facilitar a edição.
Fica aí a sugestão. Até mais às 14 hs. em casa.